sábado, 4 de agosto de 2012

Londrinense é selecionado para o Bolshoi


Aluno da Escola Municipal de Dança da Zona Norte, Pedro Ernesto Frizon, 16 anos, é selecionado para bolsa de estudos na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. O londrinense foi selecionado entre 30 rapazes de todo o país, que participaram da audição.


O Quebra Nozes - Foto Renato Forin
Pedro faz o sétimo ano do curso de balé e, como aponta a coordenadora da Escola Municipal de Dança, Sônia Secco, a seleção para uma das mais tradicionais escolas do mundo, revela que o londrinense é uma grande promessa.
“Quando uma escola, como o Bolshoi seleciona um aluno, não significa que ele está pronto, especificamente os homens, mas porque vê a possibilidade e o potencial de se tornar um grande bailarino”, avalia Sônia.
A coordenadora acrescenta que a seleção do aluno londrinense para o Bolshoi evidencia o trabalho da Escola Municipal de Dança.

“Acredito que mostra que estamos fazendo um trabalho sério, que temos professores competentes e não somos somente mais uma escola de dança, mas que exportamos bailarinos, como os que já passaram pelo Balé da Cidade de São Paulo e do Teatro Castro Alves”, afirma Sônia.
O londrinense foi selecionado para o Bolshoi quase que por acaso. O estudante foi participar de cursos no Festival de Dança de Joinville, em Santa Catarina, cidade sede da tradicional escola no Brasil e, decidiu se inscrever para a audição por insistência dos amigos.

O Quebra Nozes - Foto Renato Forin
“Eu disse aos meus amigos que iria participar dos testes somente para ter uma experiência de uma seleção como a do Bolshoi. A avaliação acontece em um único dia, mas são várias etapas em que somos avaliados. No final veio o resultado e eu fiquei entre os seis candidatos selecionados”, lembra Pedro.
O aluno conta que sentiu um pouco de insegurança, antes da seleção, mas que a aprovação fez com que ganhasse mais confiança para morar em outra cidade, longe da família e fazer uma das coisas que mais gosta que é a dança.

O balé exige algumas características, como uma boa impulsão e um flexibilidade, mas existe algo que os bailarinos chamam de um “time musical” ou uma “alma de bailarino”, que faz a diferença entre os que se destacam.

Para o londrinense, essa “alma de bailarino” começou a despertar aos 12 anos de idade, quando disse aos pais, a mãe uma enfermeira, e o pai, motorista, que queria faze aula de balé.
Atualmente, ele se divide entre o colégio e as aulas de dança diárias e já começa a sonhar com o futuro nos palcos.

Pedro concluirá o ano na Escola Municipal de Dança e pretende iniciar no Bolshoi em 2013.
“Até o final do ano, eu preciso me organizar para conseguir um apoio para me manter na cidade catarinense, apesar da bolsa de estudos ser integral”, comenta o aluno.

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