Aluno da Escola Municipal de Dança da Zona Norte, Pedro
Ernesto Frizon, 16 anos, é selecionado para bolsa de estudos na Escola do
Teatro Bolshoi no Brasil. O londrinense foi selecionado entre 30 rapazes de
todo o país, que participaram da audição.
O Quebra Nozes - Foto Renato Forin |
Pedro faz o sétimo ano do curso de balé e, como aponta a
coordenadora da Escola Municipal de Dança, Sônia Secco, a seleção para uma das
mais tradicionais escolas do mundo, revela que o londrinense é uma grande
promessa.
“Quando uma escola, como o Bolshoi seleciona um aluno, não
significa que ele está pronto, especificamente os homens, mas porque vê a
possibilidade e o potencial de se tornar um grande bailarino”, avalia Sônia.
A coordenadora acrescenta que a seleção do aluno londrinense
para o Bolshoi evidencia o trabalho da Escola Municipal de Dança.
“Acredito que mostra que estamos fazendo um trabalho sério,
que temos professores competentes e não somos somente mais uma escola de dança,
mas que exportamos bailarinos, como os que já passaram pelo Balé da Cidade de
São Paulo e do Teatro Castro Alves”, afirma Sônia.
O londrinense foi selecionado para o Bolshoi quase que por
acaso. O estudante foi participar de cursos no Festival de Dança de Joinville,
em Santa Catarina, cidade sede da tradicional escola no Brasil e, decidiu se
inscrever para a audição por insistência dos amigos.
O Quebra Nozes - Foto Renato Forin |
“Eu disse aos meus amigos que iria participar dos testes
somente para ter uma experiência de uma seleção como a do Bolshoi. A avaliação
acontece em um único dia, mas são várias etapas em que somos avaliados. No
final veio o resultado e eu fiquei entre os seis candidatos selecionados”,
lembra Pedro.
O aluno conta que sentiu um pouco de insegurança, antes da
seleção, mas que a aprovação fez com que ganhasse mais confiança para morar em
outra cidade, longe da família e fazer uma das coisas que mais gosta que é a
dança.
O balé exige algumas características, como uma boa impulsão
e um flexibilidade, mas existe algo que os bailarinos chamam de um “time
musical” ou uma “alma de bailarino”, que faz a diferença entre os que se
destacam.
Para o londrinense, essa “alma de bailarino” começou a
despertar aos 12 anos de idade, quando disse aos pais, a mãe uma enfermeira, e
o pai, motorista, que queria faze aula de balé.
Atualmente, ele se divide entre o colégio e as aulas de
dança diárias e já começa a sonhar com o futuro nos palcos.
Pedro concluirá o ano na Escola Municipal de Dança e
pretende iniciar no Bolshoi em 2013.
“Até o final do ano, eu preciso me organizar para conseguir
um apoio para me manter na cidade catarinense, apesar da bolsa de estudos ser
integral”, comenta o aluno.
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