Grupo Erastos,
de Maringá, traz ao Circo Funcart espetáculo de dança sobre um dos
maiores norteadores da experiência humana. Coreografia é assinada por bailarino
londrinense
Foto Isa Dantas |
Todos os dias, o
homem deve escolher como gastar os 86.400 segundos disponíveis nas próximas 24
horas. Precisa também carregar sobre ombros o saldo dos anos anteriores e
estimar o período necessário aos planos futuros. Dos calendários dependem a
experiência e o porvir. Olhando atentamente, talvez não haja no mundo algo que
comporte mais significados que a palavra tempo. É o que discute o Grupo
Erastos, de Maringá, no espetáculo “Quanto Tempo o Tempo Tem?”, em cartaz no
Circo Funcart (Av. Souza Naves, 2380) nos dias 30 e 31 de maio (sábado e
domingo), às 20 horas. Os ingressos custam R$10/R$5 (meia) e já estão à venda
na secretaria da Funcart.
No palco, alternam-se
quatro coreografias, estruturadas em dois eixos principais. No primeiro, são
tratados aspectos relacionados à circularidade, à repetição e ao caráter
infinito do tempo. No segundo, o tema é abordado sob a perspectiva dos ciclos
vitais, com ênfase nos processos de gestação, nascimento e primeira infância. Em
grande parte, “Quanto Tempo o Tempo Tem?” foi inspirado nos meses iniciais de
vida do segundo filho do coreógrafo Cláudio de Souza. Cláudio é conhecido por
atuar por mais de vinte anos no elenco do Ballet de Londrina.
Foto Fábio Alcover |
Na montagem, o
espectador vai ouvir sons característicos do útero materno e o ritmo cardíaco
do bebê que inspirou o espetáculo. Início e fim, no entanto, não são
equivalentes de fato na apresentação. O fluxo corriqueiro da vida humana é
renegado e a morte, fim inevitável de todo tempo individualmente disponível, é
tratada não como ponto final, mas como possibilidade de transformação e
renascimento. “Eu quase segui pelo caminho do fim, mas preferi um desvio para
retratar o renascer, via casulo”, explica Cláudio. Em boa medida, uma metáfora
sobre como as horas de cada homem se perpetuam no período de vida de seus
descendentes.
As possibilidades de bom aproveitamento do
tempo também são parte da montagem, que envereda pela retratação ora tediosa e
hedonista da rotina. O quinteto repetição-pausa-silêncio-escuridão-luz pontua
boa parte do espetáculo, instigando o público a compreender o tempo sob
múltiplas perspectivas sensoriais. A direção da montagem é de Nara Dutra.
Quanto
tempo o tempo tem?
Grupo
Erastos (Maringá)
Dias 30 e 31 de maio (sábado e domingo)
Horário: 20 horas
Local: Circo Funcart (Av. Souza Naves, 2380)
Duração: 45 minutos
Classificação indicativa: Livre
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia)
Informações: (43) 3342-2362
Ficha
técnica:
Direção: Nara Dutra
Coreografia: Cláudio de Souza
Elenco: Ana Maria Ceolin, Amanda
Baretta, Evelin Coelho, Fernanda Theodoro, Isadora Prado, Loraine Dutra e
Marcely Bressan
Texto de divulgação: Claudia Freitas /
Festival de Dança de Londrina
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