Evento contará com peça teatral, debate e performance reunindo as atrizes Ana Cristina Colla e Raquel Scotti Hirson e a fotógrafa e performer Fernanda Magalhães
O projeto Londrina em Cena, do Sesc Cadeião Cultural (Rua Sergipe, 52), abre a sua programação de 2016 dando ênfase ao intercâmbio entre artistas.
Nos dias 23, 24 e 29 de abril, o público poderá conferir trabalhos desenvolvidos pelas atrizes Ana Cristina Colla e Raquel Scotti Hirson, do grupo LUME Teatro, ligado à Unicamp (Campinas–SP), e pela artista, fotógrafa e performer londrinense Fernanda Magalhães, que apresenta o resultado das pesquisas de seu pós-doutorado.
Foto Arthur Amaral
A programação tem início no sábado, 23 de abril, às 20h, com a presentação do espetáculo "SerEstando - Mulheres", com Ana Cristina Colla em cena e direção de Raquel Scotti Hirson. No domingo, 24 de abril, às 15h, haverá um debate sobre processo de trabalho que reunirá as duas atrizes do LUME Teatro e a artista londrinense.
No dia 29 de abril, sexta-feira, será a vez de Fernanda Magalhães apresentar a sua performance “Grassa Crua”, a qual tem supervisão e direção de Ana Cristina Colla e Raquel Scotti Hirson. O novo trabalho de Fernanda reúne elementos da performance, da movimentação cênica, da dança, tendo como guia uma paisagem sonora criada a partir de diversas de vozes de mulheres, entre elas, Simone Mazzer, Edna Aguiar, Karen Debértolis e Raquel Scotti Hirson.
O trabalho é resultado das pesquisas de Pós-Doutorado desenvolvidas pela artista londrinense no LUME – Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da UNICAMP. Concepção e texto do trabalho são assinados por Fernanda.
Os ingressos para a peça de teatro “SerEstando-Mulheres” e para a performance “Grassa Crua” já estão à venda no setor de atendimento ao público no Sesc Cadeião Cultural.
Os valores são R$ 10,00 ( inteira), R$ 5,00 (meia) e R$ 2,00 (comerciários).
A participação no debate tem entrada gratuita.
Mais informações pelos telefones: (43) 35727700 ou 35727701.
Escola
Municipal de Dança apresenta, a partir deste fim de semana, trecho de um dos
mais famosos balés da história da dança. Elenco conta com mais de trinta
bailarinos da Funcart e convidados
Fotos: Fábio Alcover
Desde o século XIX, quando foi
concebido, o balé de repertório “Giselle” emociona plateias contando - por meio
de movimentos dramáticos e tecnicamente desafiadores - a história de amor da
camponesa humilde que superou os limites da morte para viver sua paixão proibida
por um nobre. A Escola Municipal de Dança mergulhou fundo no roteiro e na
coreografia originais para montar o espetáculo que entra em cartaz neste sábado
(16 de abril) e segue temporada até o dia 1º de maio, aos sábados e domingos,
sempre às 20 horas, no Circo Funcart (Rua Senador Souza Naves, 2380). Os ingressos custam R$20 e R$10 (meia-entrada)
e já podem ser adquiridos na Funcart. Todos os bilhetes antecipados estão sendo
vendidos pelo valor da meia até esta sexta-feira (15). Mais informações pelo
telefone 3342-2362.
Com música de Adolphe Adam e coreografias de Jean Coralli e Jules
Perrot, o balé “Giselle” é conhecido pela intensidade emocional e pela aura
soturna. No roteiro, a personagem que dá nome à peça, uma aldeã doce e humilde,
é tomada de paixão pelo duque Albrecht. Mesmo sendo um aristocrata, ele se
disfarça de pobre trabalhador para conquistá-la. Apaixonada, Giselle rejeita os
cortejos de Hilarion, o guarda-caça da vila a quem estava prometida. Ele, por
sua vez, enfurecido, desmascara a farsa de Albrecht. Ao saber a verdade, a moça
enlouquece e suicida-se.
O espetáculo da Escola Municipal de
Dança encena apenas o 2º ato, que se passa na misteriosa floresta dos
espíritos, onde vai parar Giselle após seu falecimento. Lá acontece o lacrimoso
balé das Willis, moças que morreram jovens, antes do casamento. Como vingança,
as Willis, regidas por sua rainha Mirtha, seduzem os rapazes que passam pelo
local e levam-nos a dançarem até a morte. Giselle, que é iniciada no coro das
Willis, aparece para Albrecht quando este vai levar flores em seu túmulo. Ele
perde-se na floresta à procura da amada e acaba capturado para o rito mortal
das virgens. Antes, porém, que Mirtha o capture, Giselle protege-o da maldição
com a cruz de seu túmulo. É o momento que a aurora surge, dispersando com luz
os espíritos das Willis.
Fotos: Fábio Alcover
Para compor as cenas fantasmagóricas
da segunda parte, a Escola contou com luxuosos figurinos em branco off e cores pasteis, além de recursos
cenográficos como fumaça e jogos de iluminação. Em cena, 35 bailarinos se revezam
em conjuntos coreográficos, solos e no grand
pas-de-deux. Dentre eles, alunos do 5º ao 8º ano do curso de balé, bailarinos
já formados pela Funcart e profissionais convidados: Renata Dói (que vive
Giselle), Vitor Rodrigues (Albrecht) e Ione Queiroz (Mirtha) - os dois últimos,
integrantes da Cia. Ballet de Londrina. O espetáculo tem coordenação geral de
Sônia Secco e Luciana Lupi. A adaptação coreográfica é assinada pelos
professores Cláudio de Souza, Eduarda Nishikawa, Luciana Lupi, Marciano
Boletti, Rosângela Homem e Thaísa Morais.
Desafio – Para
Sônia Secco, coordenadora da Escola Municipal de Dança, fazer “Giselle” é um
dos maiores desafios na trajetória de qualquer bailarino. “O balé é repleto de
desenhos geométricos, formações em conjunto. A coreografia utiliza muitas
posições com pés em ponta, braços cruzados formando lírios, movimentos tensos.
Além disso, precisamos trabalhar muito os aspectos psicológicos e emocionais
para que a história seja bem representada. Os sentimentos de tristeza e submissão
na expressão das bailarinas, pela decepção amorosa, não podem ser confundidos
com o ódio, por exemplo”.
Fotos: Fábio Alcover
Para chegar ao resultado, a Escola
levou mais de um ano, entre pesquisas e ensaios. Em 2015, professores,
funcionários, pais e alunos da Funcart reuniram-se para falar sobre a
trajetória histórica da peça e para assistir à versão em vídeo do espetáculo
montado pelo The Royal Ballet de
Londres. Em dezembro do ano passado, a Escola encenou a íntegra de “Giselle” no
Ginásio Moringão em um palco de 20 por 14 metros. As duas apresentações
reuniram um público estimado em cerca de 3 mil pessoas.
Após aquela experiência, os
professores adaptaram a coreografia para as dimensões do Circo Funcart e o
elenco apresenta-se agora ainda mais afinado, não só pelos ensaios contínuos,
mas também pelo contato com outras técnicas. “As demandas de um espetáculo
complexo como ‘Giselle’ nos fizeram ter novas ideias para melhorar a parte
pedagógica da Escola. Já estamos incluindo progressivamente na formação, aulas ligadas
ao teatro, à dança contemporânea e ao street dance, o que ajuda muito na
expressividade do bailarino clássico”, destaca Sônia. Renato Forin Jr. (assessoria de imprensa)
Serviço:
Balé
Giselle (2º Ato)
Escola
Municipal de Dança de Londrina
Dias
16, 17, 23, 24, 30 de abril e 1º de maio
Sábados
e domingos
Às
20 horas
No
Circo Funcart (Rua Senador Souza Naves, 2380)
Ingressos:
R$20 e R$10 (meia e antecipado, até o dia 15)